sexta-feira, 28 de setembro de 2018

XXXVIII


Ter momentos de despertencimento já era natural. Era quando virava um pote de sensibilidades – tudo me atingia. Tudo o que antes era força, de repente se transformava em fragilidades. Perdia toda a vontade de ser sociável. E antes que eu virasse fera, pedia um tempo à vida. Durava pouco. As palavras rasgavam meu silêncio, o sangue voltava a pulsar em forma de escrita. O que era chatice virava alegria. Sem que eu me percebesse, estava outra vez em busca de salvação. E a vida virava poesia.

Lourença Lou

Paulo Bentancur Maravilha de texto, quase um poema em prosa, misto de conficção liricizada. Continuo em Brasília, Lou! Volto no domingo. Saudade das pessoas e nenhuma do frio. Beijo!

L

Não gostava de garotos. Andava sobre saltos e achava que homens maduros eram os grandes parceiros. Aquele menino subverteu meus conceitos ...