Sábado, oito e trinta da manhã. O celular me acordou com
aquele tom estridente que me esqueci de trocar. Tive vontade de gritar. Sempre
detestei ser acordada assim. Entre a vontade de voltar a dormir e o sol brigando
com o vento na cortina, me lembrei. Era aniversário da Luna, a cadela Shitsu do
meu filho, companheira de seus mais difíceis momentos. Muitas vezes, única
companheira em sua difícil caminhada sem as drogas. Respirei fundo. Juntei
minha voz à dele e cantamos "Parabéns pra você" enquanto ela latia
feliz. Os leões, deixei para matar mais tarde.
Lourença Lou