Era jovem, cheia de
sonhos e nenhum dinheiro no bolso da calça jeans. Fui ser recepcionista num
escritório de dois advogados – marido e mulher. Ao final da primeira semana eu
já estava odiando os olhares e os leves esbarrões do patrão. Precisava
trabalhar. Na segunda semana comecei a odiar minhas coxas grossas. Precisava
trabalhar. Mas tudo virou susto e choro quando o patrão não se segurou: sua mão
entrou entre minhas pernas e minha mão direita marcou seu rosto muito branco.
Fui sumariamente demitida pela patroa. Pelo comprimento das saias que não
combinavam com a seriedade do escritório.
Lourença Lou