Era professor de
História Antiga. Brilhante e cafajeste – aquele tipo que apaixona grande parte
das mulheres. Nossa relação foi de encantamento. Durante um tempo nos
completamos - ambos numa busca feroz do puro prazer. Fomos aprendizes um do
outro. Desvendamos os meandros da carne e nos aventuramos em inúmeros embates
do intelecto. Até descobrirmos: éramos apenas contendores a quem só interessava
a vitória. E no amor era preciso aprender a perder, ainda que perder-se um no
outro.
Lourença Lou
Paulo Bentancur Notícia ótima!
COISAS DE LOU atinge seu XXiV capítulo, o que comprova que o (ótimo) projeto
tem fôlego. A série de minicontos na forma e, na atmosfera, entre o
confessionalismo e a ficção, é nada menos que uma delícia. Ágil na alta
temperatura emocional - à qual o leitor se entrega totalmente - e vazada num
estilo invejável, a chamada poesia da prosa. Lourença Lou, poeta que está sempre na minha
lista das inadiáveis, é uma narradora de uma rara fidelidade à trama que
constrói com elipses, com apurado ritmo tanto estilístico quanto psicológico.
Neste capítulo específico ela acerta tão bem no tempero que o leitor levanta da
cadeira. E volta a ler tudo de novo, agora em pé. Beijos de carinho e
admiração, queridíssima Lou