Ela tinha 15 anos quando me mandou um bilhete dizendo:
Não preciso de uma amiga. Tenho todas que escolhi. Preciso e quero uma mãe. Não
chorei porque não sabia chorar. Mas doeu profundamente. A minha geração
derrubou todas as regras que até então organizavam as relações familiares
porque as considerávamos conservadoras e patriarcais. Mas não estávamos
conseguindo ocupar os espaços vazios.
Lourença Lou
Paulo Bentancur Bingo! Que observação vital, decisiva,
bonita, um rito de passagem registrado pela poeta-mãe Lourença Lou! Beijos, querida