sexta-feira, 28 de setembro de 2018

XXIII


Ela tinha 15 anos quando me mandou um bilhete dizendo: Não preciso de uma amiga. Tenho todas que escolhi. Preciso e quero uma mãe. Não chorei porque não sabia chorar. Mas doeu profundamente. A minha geração derrubou todas as regras que até então organizavam as relações familiares porque as considerávamos conservadoras e patriarcais. Mas não estávamos conseguindo ocupar os espaços vazios.

Lourença Lou

Paulo Bentancur Bingo! Que observação vital, decisiva, bonita, um rito de passagem registrado pela poeta-mãe Lourença Lou! Beijos, querida


L

Não gostava de garotos. Andava sobre saltos e achava que homens maduros eram os grandes parceiros. Aquele menino subverteu meus conceitos ...