Todos os dias ele me
olhava do mesmo jeito, sorria o mesmo sorriso, cantava a mesma cantada. Todos
os dias eu lhe fazia caretas, mandava crescer, dava-lhe a mesma gargalhada. Um
dia ele inovou: inventou-me musa e deitou-me em versos banais. Me senti
Carolina de Chico e quase me esqueci na janela. Mas só até me lembrar: entre eu
e ele muitas bandas iriam passar.
Louença Lou