sexta-feira, 5 de outubro de 2018

LXVII



Eu a conheci no início do século. Desde a primeira leitura nos apaixonamos. Ela sempre foi divertida, ousada e respondona. Uma quase menina. Eu já era uma avó (mais pra mãe, reconheço), e estava iniciando uma nova ordem, uma quase adolescência tardia. Tínhamos em comum o amor à leitura, a profissão - ela era estudante de letras - e uma inconfessável atração por situações inusitadas. Fomos parceiras num site de crônicas, num shopping em BH e em intermináveis conversas e risadas. Apesar de todas as nossas diferenças, durante alguns anos ela foi minha melhor amiga. Até que nos desaparecemos, mesmo sem termos sumido. Fiquei eu, gostando dela.



Lourença Lou

L

Não gostava de garotos. Andava sobre saltos e achava que homens maduros eram os grandes parceiros. Aquele menino subverteu meus conceitos ...